Eis o Poeta
Eis o homem
Eis a vida
E a sua história
Uma lona rasgada
Uma multidão atônita
Pulou da platéia
Arremessado foi ao chão
Saiu na calada
Em noite de lua cheia
Pela estrada
Deu três batidas
Abriram-se as cortinas
Entrou
Se calou
Nem um ressonar se ouviu
A noite era longa
Escrever podia ser
Eis o lírico
Intrépido e sensato
Faz de todas as suas rimas
Os seu retalhos
Eis o universo
Que tem o seu som
O seu tom
O seu combinar
Em disparada sai
Vai se encontrar
Céu rumoroso
Vento que sopra do sul
Me conta mistérios
De um breve futuro
Ah! Aquela noite
Que em meus sonhos
Falava
Eu o via do outro lado
Com os olhos fixados
Não deu ouvidos
E eis o lamento
Breve
Apavorado
J. Nobre
Linda poesia, parabéns!!!
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Muito obrigada!
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